Prefeito busca em São Paulo destinação de leitos de UTI para a região
O prefeito Fernando Fiori de Godoy se reuniu nesta quarta-feira, 8 de julho, com o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, em São Paulo, para tratar de alternativas para as cidades da região de Campinas em face das restrições impostas pelo Plano São Paulo, sobretudo ao comércio. Os municípios que integram esta regional de saúde retrocederam na última sexta-feira à Fase 1 do Plano, de alerta máximo, que determina o fechamento de estabelecimentos comerciais de bens e serviços não essenciais.
Na pauta do encontro estava o pedido para destinação de leitos de UTI instalados na capital paulista para Holambra e região, uma vez que a ampliação de vagas é um dos critérios decisivos para o avanço de fase que será avaliado na próxima semana, no dia 17. Ainda na quarta-feira, o Estado anunciou a liberação de 55% das vagas do hospital de campanha do Ibirapuera, em São Paulo, para uso exclusivo da regional de Campinas. Mais de 80 pacientes da região já encontravam-se internados no local até o fim do dia de ontem.
“O retorno à Fase 1 do Plano São Paulo, apesar de necessário em função do avanço da doença, é muito prejudicial para centenas de comerciantes holambrenses que dependem do trabalho para garantir a renda familiar. Por esse motivo estamos nos mobilizando junto ao Estado para criar condições de promover uma retomada segura o mais rápido possível”, destacou o prefeito. “A intenção é trabalhar para ampliar os leitos disponíveis e, através da conscientização, conter o crescimento no número de casos. Assim teremos condições de voltar à Fase 2, com mais flexibilização”.
De acordo com o secretário, o Estado atua neste momento para ampliar o número de vagas de UTI disponíveis para a região – seja através da abertura de hospitais na capital para pacientes locais ou por meio da entrega de novos respiradores às cidades com estrutura hospitalar adequada para ampliação de leitos.
A reunião de Dr. Fernando com a Secretaria de Desenvolvimento Regional reforça uma ação conjunta que está sendo mobilizada pelas cidades da Região Metropolitana de Campinas voltada solicitação de vagas exclusivas na capital para atendimento desta regional de saúde. Além desta ação, municípios que integram o Circuito das Águas e das Flores Paulista, como Holambra, estão pleiteando uma avaliação independente que permita a redução das restrições e a retomada gradativa da atividade comercial.
Entenda: Por que Holambra está na Fase Vermelha?
A avaliação do Governo do Estado para classificação das cidades de acordo com o Plano São Paulo não é individual. O avanço da pandemia é analisado de forma regional, uma vez que a estrutura de atendimento, especialmente para casos mais graves, é compartilhada. Pacientes de municípios menores, por exemplo, são acompanhados pela atenção básica local, recebem os primeiros atendimentos em sua cidade e são referenciados para hospitais maiores, com leitos adequados para tratamento intensivo. A regional de saúde de Campinas é composta por 42 cidades – incluindo Holambra. Elas avançam ou retrocedem juntas a partir das avaliações semanais do Estado que consideram, entre outras coisas, o aumento número de casos, a taxa de ocupação de leitos de UTI e a taxa de mortalidade em função da doença.
Quais cidades compõem a regional de Campinas?
Além de Holambra, integram a regional de saúde de Campinas as cidades de Águas de Lindóia, Americana, Amparo, Artur Nogueira, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Cabreúva, Campinas, Campo Limpo Paulista, Cosmópolis, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jarinu, Joanópolis, Jundiaí, Lindóia, Louveira, Monte Alegre do Sul, Monte Mor, Morungaba, Nazaré Paulista, Nova Odessa, Paulínia, Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Piracaia, Santa Bárbara d'Oeste, Santo Antônio de Posse, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Tuiuti, Valinhos, Vargem, Várzea Paulista e Vinhedo.